Belém sedia o III Seminário de História da Infância na Amazônia

Serviço:
III Seminário de História da Infância na Amazônia
Período: 12 a 14 de setembro
Local: Auditório do Centro de Excelência em Eficiência Energética da Amazônia (Ceamazon), localizado no Parque de Ciência e Tecnologia do Guamá (PCT-Guamá), próximo ao Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza (HUBFS).
Realização: Grupo de Pesquisa Educação, Cultura e Organização Social (Ecos) do Instituto de Ciências da Educação da UFPA (Iced/UFPA)
Confira a programação completa aqui.
Saiba mais no site do evento.
Até a sexta-feira, 9 de setembro, estão abertas as inscrições para o III Seminário de História da Infância na Amazônia. O evento apresenta pesquisas que ajudam a compreender como as crianças eram vistas e tratadas na região ao longo do tempo e como esses processos históricos podem ajudar a melhorar a forma como percebemos a infância nos dias de hoje.
Podem participar da programação professores da educação básica, estudantes e pesquisadores de várias áreas, como Educação, Psicologia e História, bem como todos os interessados em saber mais sobre como as crianças eram percebidas e tratadas na Amazônia, especialmente no Pará e em Belém.
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site do evento ou na sede do Grupo de Pesquisa Educação, Cultura e Organização Social (Ecos), localizada no segundo andar do Instituto de Ciências da Educação da UFPA (Iced), no Campus Profissional da Instituição.
Homenagem a Belém - A programação será realizada no auditório do Centro de Excelência em Eficiência Energética da Amazônia (Ceamazon), localizado no Parque de Ciência e Tecnologia do Guamá (PCT-Guamá), e é uma homenagem aos 400 anos de Belém.
“Fomos afortunados por a data do seminário coincidir com o ano de aniversário de Belém e como essas pesquisas ajudam a compreender a infância nesta cidade histórica e importante para a Amazônia. É como se o evento fosse, também, um presente para a cidade”, explica Laura Alves, coordenadora do evento e do Grupo de Pesquisa Ecos.
De acordo com a pesquisadora da UFPA, entender as práticas sociais e culturais históricas em relação à infância e, especificamente, à infância na Amazônia pode ajudar a compreender as limitações e os desafios enfrentados pelos meninos e pelas meninas até os dias atuais, como a violência contra as crianças e o trabalho infantil.
Trabalho infantil e violência contra crianças têm influência histórica - “Situações como o uso da palmada ou o trabalho infantil não só eram praticadas como incentivadas pelas instituições e sociedade em geral. A ideia de que o castigo e a punição educavam era consenso na escola e nas famílias. Na escola, a disciplina era imposta pela palmatória e pelos castigos, enquanto, em casa, as famílias guiavam seus filhos com uma ‘educação severa’”, conta Laura Alves.
Já o trabalho doméstico ou assalariado era comum, especialmente entre as crianças de classes em situações de vulnerabilidade. “No final do século XIX e no início do século XX, a capital já possuía uma política para cuidar de crianças órfãs e ‘desvalidas’, com instituições de abrigamento que ensinavam a ler, contar e escrever e também trabalhos domésticos às meninas e um ofício aos meninos. Mas essas iniciativas estão mais ligadas a uma pressão social das classes elitizadas para que as crianças pobres não permanecessem nas ruas – esmolando, pedindo, vadiando ou praticando pequenos furtos – do que realmente a uma preocupação genuína com as crianças e os jovens”, detalha a coordenadora do evento.
Programação – No decorrer do seminário, várias mesas-redondas discutirão temas como políticas de educação, assistência às crianças e à educação infantil. “Nossa conferência de abertura terá como palestrante a professora Laurinda Abreu, da Universidade de Évora, e trata da infância em Portugal entre os séculos XVI e XIX, enquanto nossa conferência de encerramento conta com a palestra da professora Magali Reis, da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, a qual abordará as imagens e os imaginários sobre as crianças. Por isso o evento trata e destaca as questões de ontem e de hoje sobre a infância e apresenta uma grande contribuição para quem estuda o tema da infância”, defende Laura Alves.
Texto:Glauce Monteiro - Assessoria de Comunicação da UFPA
Arte: Divulgação
Fonte: Site UFPA

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Movimento Nacional “Brasil sem Aborto” realiza reunião para criação de Comitê no Pará

Redução da maioridade penal continuará na pauta do Congresso Nacional em 2018